Dessa travessia, dessa experiência, dessa pausa, vou tirar várias lições, as quais pensei em dividir com a intenção exclusiva de ajudar de alguma forma a quem precise de apoio. Cada passo dessa história poderá se tornar um sucesso, uma poesia, um exemplo. Depende apenas de mim...

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A parada obrigatória, a pausa na vida, a travessia...

Céu de final de tarde no  litoral do Rio Grande do Sul.



24 de janeiro 2011 - Estou em tempos de pausa, de uma parada forçada. Em algum lugar deixei algumas linhas em branco nos parágrafos que tenho escrito na minha vida....

Levei um susto muito grande: num exame de rotina foi constatada uma parede dura no meu reto, o que levou imediatamente à colonoscopia e biópsia.

Infelizmente a biópsia deu Carcinoma Epidermóide Moderado na pele do ânus, imaginem o lugar!!!  É do mesmo tipo daquele que a Ana Maria Braga teve, mas em estágio moderado (o dela era bastante avançado e ela está bem...). Perguntei (é claro...como alma perguntadeira que sou) porque naquele lugar....e o médico respondeu que poderia ser na boca, na bochecha, no braço, enfim, não existe uma resposta a essa pergunta... Dá onde dá.
Penso, penso muito sobre o assunto, sonho com ele, amasso os lençóis, pesquiso na internet e acordo no meio da noite suada e com aquele aperto no estômago (lembram quando a gente tinha uma prova cabeluda para fazer no dia seguinte?).   Pelas madrugadas acabei deduzindo que tenham sido as minhas dores de alma que não consegui que fossem postas totalmente pra fora de mim...ainda ficaram presas no finalzinho do canal excretor do meu organismo.
Bem, depois desse primeiro impacto, podem imaginar a correria entre médicos, são muitas equipes, milhares de doentes, médicos com paciência infinita, máquinas tomadas de agendamento, enfim descobri que terei que fazer quimio e radio concomitantes, não é um CA operável. O que eles dizem é que tenho muitas chances de cura, tem muita gente por aí que já curou esse tipo de câncer.
Chances altas.
Chances.
Esperança.

Um comentário:

  1. Ilane querida, das unhas vermelhas que me vem sempre à lembrança.
    A mãe de Heráclio teve o "mesmo cidadão" aí ao qual te acompanha sem ter sido convidado e ficou totalmente curada.

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