Dessa travessia, dessa experiência, dessa pausa, vou tirar várias lições, as quais pensei em dividir com a intenção exclusiva de ajudar de alguma forma a quem precise de apoio. Cada passo dessa história poderá se tornar um sucesso, uma poesia, um exemplo. Depende apenas de mim...

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

A primeira radio.

    Dia 8 de dezembro de 2010 - festa de Oxum na praia de Ipanema/P.Alegre
11/2/2011 - Dizem por aí que a primeira vez a gente nunca esquece.....hehehehehe..... acho que vai ser  verdade   verdadeira....
A espera lá na Instituição é tranqüila, desde que fique na sala maior, onde tem TV falando das atualidades ... Sentar perto do local de entrada é fatal para o ânimo!!!  As pessoas, na sua maioria, estão abatidas, contando suas histórias de vida e seus problemas com o tratamento...um legítimo baixo astral. Poucas, mas muito poucas,  estão mais dispostas e com cara melhor. Estou lutando comigo mesma para ficar sempre vendo o lado positivo das coisas e com cara boa, portanto nada de sentar no corredor...
Ao ser chamada para a primeira aplicação, foi com relativa calma que entrei na sala principal, a da máquina-que-ainda-não-sei-o-nome. É uma gigante poderosa que gira sobre o seu próprio eixo e ao meu redor, buscando o melhor ângulo, o ângulo mais do que preciso, para bombardear o inimigo. Ainda vão me tatuar em 3 pontos, para marcar indelevelmente o ponto exato por onde os raios devem entrar..... que momennnnntooooooo!!!!
Resolvi ir sempre pra lá  de vestido, assim não preciso colocar aqueles aventais verdes para o instante da radio... É só levantar o vestido.... Tudo é mais rápido e não ritualiza a dor, o vestido ajuda a dar o toque informal. Ser mulher tem muitas vantagens e mulher de vestido de roda, mais ainda...
Deitada com as mãos cruzadas no peito, olhos fixos no teto e com a ordem de não movimentar um músculo sequer, meu coração acelerou e mentalmente comecei a cantar “Mãe Antiga”. Mas a minha aceleração mental era tanta que interrompi várias vezes a canção para prestar atenção nos barulhos da máquina, no girar dela, em mim mesma que estava com a respiração suspensa e quase cianótica... Naquele momento me lembrei das fotos em macro que fazemos, quando interrompemos a respiração para fotografar. Mais ou menos isso.... Minha vida em suspense por instantes.
Mas não doeu nadinha... foi mais o susto que fez a diferença. As recomendações são muitas, pois a gente tem algumas reações, mas nada que não possa ser superado. Cansaço, assaduras, evitar exposição ao sol, são as primeiras que eu registrei. Se os outros conseguiram passar por isso....eu também conseguirei!!!  Com o passar dos dias eu acostumo e quando estiver acostumada estará na hora de parar!!!
Preciso me manter animada, custe o que custar. 

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