Dessa travessia, dessa experiência, dessa pausa, vou tirar várias lições, as quais pensei em dividir com a intenção exclusiva de ajudar de alguma forma a quem precise de apoio. Cada passo dessa história poderá se tornar um sucesso, uma poesia, um exemplo. Depende apenas de mim...

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A véspera.

     Atacama/outubro 2009

10/02/11 - Suadíssima e deitada embaixo de um ventilador de teto, pensava na significação do ANTES e do DEPOIS.
A espera é sufocante, como esse calor que anda nos visitando.
Acabaram de ligar, amanhã terei a primeira rádio, as informações são muitas e a curiosidade também.
Dói?  Não dói. Queima?  Mais por dentro, por fora só assa um pouco bastante. Nada que uma Maisena não resolva, depois de um banho de assento com camomila.
Quando penso em voltar lá naquele instituto, me dá uma angústia sem nome definido... tudo é bonito, moderno, mas...
Hoje sou uma mulher quieta, silenciosa por fora, em turbulência por dentro, dimensionando passado, presente e futuro na dependência de um tratamento radioterápico.
Cansada de tanto rodar para as preparações, tenho que tomar analgésico pra acalmar a dorzinha que existe lá por baixo.
O silêncio da noite da véspera me lembra que logo mais será amanhã, que é o grande dia.
Prefiro dormir, pra amanhã chegar mais depressa e terminar com essa espera....
Daí eu apago de vez esse emaranhado de pensamentos e expectativas.




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